segunda-feira, 26 de novembro de 2012

References

Demorei, mas cheguei o/

Hoje vou falar sobre o Medical Form, Character References e Childcare References :)

Assim que a gente se inscreve na agência chega um e-mail com toda a orientação necessária pra dar início ao preenchimento do application (na APIA é assim, não sei nas outras) e quando eu recebi esse e-mail já fui imprimindo todos os papéis das referências que tem que ser preenchidos.

Character Reference
O Character Reference deve ser preenchido por alguém que te conhece bem e que não seja da família, possui perguntas sobre sua personalidade, como você lida com situações de stress no seu dia-a-dia, como você se adaptaria à novas situações e culturas, por que essa pessoa te indica pra ser uma Au Pair, se ela tem conhecimento se você já cometeu algum crime (essa pergunta tem em tudo!) e blá, blá, blá... 
MINHA DICA É: Escolha sua melhor amiga, professora de inglês e chefe ou colega de trabalho que você se dá muito bem! POR QUÊ? Porque sua melhor amiga conhece seu bom e mau-humor e toda a sua personalidade multipolar, sua professora de inglês te avalia em novas situações, de acordo com o seu desempenho nas aulas, se você é muito tímida ou tem uma boa desenvoltura, se gosta de aprender, se demonstra interesse e tal. E um chefe ou colega de trabalho avalia seu trabalho e observa sua reação diante de situações de stress (acredito que no trabalho é onde mais sofremos com stress).
Dei essa dica porque foi o que eu fiz, o mínimo que referências necessárias são 3 e eu entreguei só isso mesmo, uma pra minha professora de inglês linda, Gisele, depois pra minha ex-colega de trabalho E melhor amiga, Jéssyca, e depois pra minha ex-chefe E amiga, Tatiane. Tirei a sorte grande de ter uma chefe que se tornou minha amiga e vem me incentivando a realizar esse sonho! 

Childcare Reference
O mínimo de experiência necessária pra ficar online é de 200 horas, seja como babá assalariada ou voluntária em creches e ONGs, não precisa ter nada registrado em carteira e ter cuidado de algum parente não conta como experiência. No momento em que estava preenchendo o application eu já tinha essas 200 horas que adquiri com meu trabalho voluntário no Appa e no Cei, maaaas eu sabia que é sempre bom ter muito mais que isso...então pedi humildemente pra minha outra melhor amiga, Marina, que tem um filho lindo, o Enzo, com o qual eu já sou bem familiarizada e que eu amo de paixão, preencher uma referência como se eu tivesse cuidado dele por uns 2 meses, e gente, isso ajudou muito! Sou grata à ela pra sempre!

Medical Form
O Medical Form possui perguntas que nem minha mãe sabia responder sobre a minha saúde! Ou seja, se você tem um médico exclusivo na família, que te examina desde criança e sabe tudo que você já teve e tudo que você pode ter um dia, dê graças à Deus, eu não tenho. As perguntas são sobre todas as vacinas que você já tomou, sobre doenças que você teve quando era criança, sobre alergias que você tem, sobre casos de problemas emocionais na família, se você fuma, bebe ou cheira, sobre o tipo de calcinha que você usa, se você já cometeu algum crime e blá, blá, blá... Como eu não tenho um médico que me avalia desde sempre, pensei em pedir pra minha ginecologista, já que ela acompanha minha saúde sexual há uns 5 anos e eu tinha uma consulta marcada já. Perguntei pra minha agente se a ginecologista podia preencher e ela disse que tudo bem. Ok. Peguei todos os meus documentos, tirei um atestado de antecedentes criminais, peguei minha carteira de vacina, uma receita da última vez que estive em um médico, comprovante de doação de sangue e tudo que pudesse dar as informações necessárias pra médica avaliar. Eu já tinha contado pra ela uma outra vez sobre meus planos de ser Au Pair e ela ficou feliz e me desejou "tudo de bom", mas quando cheguei la com aquela papelada toda pra ela ver, ELA DISSE QUE NÃO PODIA PREENCHER! Disse que só um médico que tivesse todos os meus prontuários médicos e me conhecesse bem em todos os aspectos poderia preencher porque ela nem entendia nada de vacinas, e só um clínico geral saberia responder aquilo...fique muito chateada. O máximo que ela fez pra me "ajudar" foi fazer uma declaração de que na parte ginecológica tava tudo ok, e fazer uma guia com possíveis exames que um clínico pediria...agradeci e saí de lá pensando em trocar de ginecologista (haha sou dessas).

Como eu estava sem emprego fixo, não tinha convênio, então fui no Posto de Saúde marcar uma consulta com um clínico, mas a data mais próxima que tinha vaga era pro final de outubro (era setembro ainda) e parecia muito longe, em outubro eu queria estar online já, então resolvi pagar uma consulta particular, marquei pra semana seguinte em uma clínica aqui perto de casa.
Fui com o pensamento positivo! Ao entrar na sala a médica nem olhou na minha cara, logo pensei "que mulher arrogante, não vou conseguir nada aqui", mas quando eu falei o porque eu estava lá, ela mudou completamente. Ficou animada, pediu pra eu contar detalhes do processo, fez 500 perguntas sobre o programa e ao avaliar minha carteira de vacina e exames, me elogiou, dizendo que eu era muito organizada com meus documentos e tal, e PREENCHEU TUDO! \o/ e ainda pediu que eu voltasse lá pra contar minha experiência.

Referências, ok! Faltava só a carta e o vídeo pra terminar meu app!  E isso será assunto pro próximo post, porque esse aqui já tá gigante ;) 

Quero deixar aqui meu agradecimento às minha amigas que me ajudaram muito nas referências e que continuam ajudando com o apoio e incentivo: Gisele (a melhor teacher de todas), Marina (amiga mais fofa e compreensiva), Jéssyca (aliada, aquela que aceita minhas loucuras, que me conhece bem), Tatiane (Aquela com quem eu posso contar a qualquer momento). Agradeço muito à diretoria do APPA, Meire e Roberta e à professora Isabel. Obrigada pela oportunidade de participar desse trabalho tão lindo! À diretoria do Cei que faz parte da ONG Liga Solidária, Dulce, Manoela, Lourdes. Um agradecimento especial, pelo apoio e pelas orações, para Vanessa Trivelato, amiga e MÃE! Vocês são pessoas fundamentais na minha vida!

Xoxo.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Itep

Well people, vamos falar sobre o tão temido ITEP!


Como eu disse no último post, quando eu fiz minha inscrição na agência, já agendei meu Itep pra mais ou menos duas semanas depois. Durante essa duas semanas eu fiquei procurando no Google testes de listening na web, encontrei um site que me ajudou bastante a treinar -> Listening Exercises, porém a ansiedade era muita e fui fuçar os docs do grupo do Face e imprimi um arquivo com todas as questões que cai no teste. Passei a "estudar" o doc e, gente, não façam isso! Sério! Se seu inglês não é tão bom e você decorar o documento, você vai se prejudicar tirando uma boa nota no Itep, mas se saindo não muito bem em um Skype. Porque vendo sua nota boa as famílias vão esperar que seu inglês seja bom na hora de conversar cara a cara (ou deveria dizer tela a tela haha). Enfim...vou contar como foi comigo...

Cheguei na agência bem cedinho e a Carol (entrevistadora) me levou logo pra fazer o TESTE PSICOLÓGICO, que consiste em 260 questões sobre sua personalidade, mas não são questões diretas, são afirmações onde você opta por VERDADEIRO ou FALSO. Muitas das afirmações se repetem , diferenciando-se apenas na forma em que é colocada, é aí que tá a pegadinha! Se em uma você põe verdadeiro e na outra, que quer dizer a mesma coisa, você põe falso então você é uma pessoa contraditória, ou não está sendo sincera...fique esperta! Responda tudo com sinceridade. Não tente parecer "certinha" em todas as respostas, afinal ninguém é completamente correto, oh right?
Eu passei um pouco do tempo permitido para responder, tipo uns 10 minutos, mas ela não falou nada :) Em seguida comecei o Itep, ela me deixou sozinha na sala e isso me deixou tranquila. O meu estudo  baseado no doc funcionou e respondi de acordo com a resposta que eu "já sabia" qual era. Maaaas eu prestei bastante atenção no Listening e dava, sim, pra entender direitinho sem eu precisar ter estudado antes, mas como eu já tinha estudado então respondia tudo rapidinho sem me esforçar a pensar. (Vou repetir: se seu inglês não é bom, NÃO ESTUDE AS QUESTÕES, apenas leia pra saber como é e tal...)

O doc que peguei no grupo:


ITEP
Informações gerais:
São 5 (ou 8) pequenos diálogos com 1'30'' cada, com uma pergunta sobre ele no final, você tem 2'30'' pra responder as perguntas, mas só conta na sua hora de pensar, na hora do diálogo não conta o tempo.
Depois é um diálogo com 3' e cinco perguntas para responder, não lembro o tempo mas dá sossegado.
o último é um diálogo de 3'30'' com mais cinco perguntas.
Nenhum dos diálogos é complicado, eles não usam palavras difícieis e nem falam rapido, na verdade achei bem fácil essa parte.
Depois tem o narrador te fazendo uma pergunta, vc tem 30'' pra pensar e 45'' pra responder.
e a última é uma pergunta elaborada que você tem que responder com mais detalhes e exemplos temos 45'' pra pensar e 1' pra responder.
As pesguntas que lembramos:

LISTENING
DICAS: existem desenhos que ilustram os diálogos o que facilita a interpretação, então a compreensão fica bem mais fácil e ai não tem como boiar o tempo todo e ficar perdida no dialogo sem ter a mínima noção do q eles estão falando.
O tempo para assim que você confirma a resposta e só começa a contar de novo quando aparece a outra pergunta.
Os diálogos não necessariamente são nesta ordem.
1- Figura com um menino chorando – áudio de 1:30m
A mãr pergunta o que aconteceu da janela estar quebrada e o pai conta que foi jogar a bola pro menino e ela foi parar na janela.
A pergunta foi "onde foi a bola?".
2- Figura é um homem no celular e uma mulher com fone de ouvido e microfone:
Um rapaz ligou marcando uma consulta pq estava com dor no braço (acho) daí a mulher pergunta se ele pode vir em alguma dia da semana que esqueci. A pergunta foi "onde a mulher trabalha?".
3- Mulher e o chefe
A mulher tá conversando com o chefe sobre um cara que tinha um cargo acima do dela e mudou de empresa, aí ela pergunta como ele vai fazer e ele diz que vai promover ela.
A pergunta foi "o que vai acontecer com a mulher?
4- Foto um casal conversando
Ela contando que vai viajar e se ele pode dar comida pro gato dela. Ele diz que sim.
Pergunta "o que ele vai fazer?"
5-Foto uma moça olhando uma camiseta
Ela pergunta se tem um numero extra largo pra ela comprar pra um amigo, dai o vendedor fala que vai olhar no estoque.
Pergunta: "O que o vendedor vai fazer?"
6- Estudo
A menina pede ajuda pra um garoto pra estudar ciências ou matemática (num lembro direito) e aí o menino diz que vai na casa dela e aproveita e janta por lá e a menina diz que vai falar com os pais.
A pergunta foi "o que a menina vai fazer?"

O segundo diálogo tem 3minutos e meio e mais cinco perguntas

Viagem a NY
Uma mulher conversando com o professor do filho porque eles teriam que viajar e passar 3 semanas em NY, e ela queria uma lista das coisas que ele iria perder na escola, pra ela poder dar pra ele, e assim ele não ficaria pra trás dos outros alunos. Aí o professor fala que morou em NY, que cresceu lá. Ele fala da estátua da liberdade e sua origem e sobre o zoo.
As perguntas:
se eles estavam mudando ou apenas viajando pra NY? (Coloquei viajando)
se o professor morou lá quando era criança ou no tempo de facul? (Qdo era criança)
O que é a estátua da Liberdade? (um presente da França)
o que ele tinha pedido pro menino fazer enquanto estivesse lá (ver o que o urso polar come)
se as visitas à coroa da estátua ainda são liberadas…(essa da coroa não tinha no meu)
O que a mãe pediu au professor (as materias dessas 3 semanas)
  
Pai e Filha
Nesse, é a filha conversando com o pai, dizendo que a filha dela, tem dado trabalho pra dormir, que ela conta 1 história, dá boa noite e a menina sempre inventa alguma coisa pede, mais 1 história, e o pai pergunta se ela lê e ela diz que sim. Aí ele diz que então é meio que culpa dela, que se a menina sabe que pode ter 2 histórias, porque ela vai se contentar só com 1? E diz que ela também teve a mesma fase quando era criança, que mantinha ele e a mãe dela acordados a noite toda e ele ia trabalhar no dia seguinte morrendo de medo de prescrever alguma coisa errada ou errar em um diagnóstico. Aí a menina pergunta o que ele fez e ele diz que pediu conselhos a um amigo que tinha lido vários livros e ele disse que a menina precisava de uma rotina, pra ela ler uma história, dar um beijo, boa noite e sair, não importa o que a menina faça ou diga. aí ela diz que vai exigir muita força de vontade dela mais que vai fazer isso sim.
As perguntas foram:
Qual a profissão do pai.(médico)
Qual dica ele deu.(pra ela fazer a menina ter uma rotina noturna)
O que ele disse sobre o problema. (que a filha tinha um pouco de culpa)
Onde que ele aprendeu o que fazer.(com um amigo que sabia)
Qual era o problema da mãe (filha) (que ela estava com problemas na hora de colocar a filha na cama)

Jogo de debates
O diálogo foi uma menina conversando com o treinador sobre um campeonato de debates que ela ia participar. Ela diz pra ele que está com um problema e ele pergunta se ela está doente e vai ficar sem voz, porque ela é a principal na equipe e ela diz que não, mas tem uma festa de aniversário de casamento dos avós pra ir na sexta a noite, então não ia poder viajar com a equipe, então ela queria conversar com ele sobre as alternativas. Aí ela diz que o pai a levaria no sábado mas ela só chegaria na hora do almoço, pro segundo turno do torneio, e o chefe diz que não porque ela é a principal e eles precisavam dela pra passar pela primeira etapa. Ela diz que então a irmã poderia levá-la depois da festa, mas elas chegariam de madrugada. O cara pergunta se elas não podem sair um pouco mais cedo e ela diz que não porque a irmã é guitarrista e a banda dela que estaria tocando na festa. Então o cara aceita e a menina diz que, chegando de madrugada, ia acordar o pessoal do quarto dela e atrapalhar o descanso e o técnico diz que vai reservar um quarto pra ela e a irmã. Aí ela diz que a irmã não vai poder ficar pro torneio porque a banda dela toca em uma festa no sábado a noite, então ela voltaria no ônibus da equipe.
As perguntas foram:
O que a menina foi conversar com o técnico.
Por que ele ficou com medo dela estar doente.
Por que ela não poderia ir ou qual era o problema, algo do tipo.
Qual a solução pra elas não incomodarem ninguém (acho que é isso, só lembro que a resposta era "ele vai reservar um quarto pras 2")
Por que a irmã não poderá ficar pro torneio.
SPEAKING
Depois no Speaking ele faz duas perguntas, uma de cada vez (quem tiver uma diferente inclua)
Pra mim foi: O que é legal fazer com as crianças?
e a segunda foi quem é a pessoa mais importante na sua vida, porque?
já vi também:
Como e onde você conheceu seu(a) melhor amigo(a)?
If a friend come to visit you in your city, where would you take him?
Tell about a movie or a book you like and what you learned with that.
what country would you like to visit and why? 
Which place would you like to visit? Why? 
Tell me one thing you did and it was really hard to do for the first time and how did you overcome it?
Tell about things that you like enjoy doing with our friends and family.
Talk about things that you consider right or wrong.
Who is the most important person for you?   
Tell about something you've been afraid to do and why?
What subjects you most like to study at school?
What would you change in your school and why?

Quando terminei o Itep ela iniciou a entrevista. Pra essa eu não estudei nada, fui com a cara e a coragem, e btw, foi super tranquilo, tipo uma conversa com algum conhecido, demos muitas risadas e eu saí de lá me sentindo bem, sentindo que tudo daria certo ;) 

E deu!
Na semana seguinte recebi meu resultado do Itep por email: 





Espero ter ajudado, mesmo dando o conselho de faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço!


No próximo post vou falar sobre o Medical Form :)

Xoxo.


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Parei de colocar o título "Início - Parte 1265989724" porque achei que não tinha necessidade...

Continuando...

Meu pai ficou doente no início de julho, ele teve uma doença chamada ASCITE, vulgo barriga d'água, no caso do meu pai, causado pela cirrose. Eu não tinha cabeça pra pensar em estudar e nem pra ir na agência me inscrever no programa. No dia 8 de julho foi meu aniversário, caiu em um domingo e eu tinha que ir trabalhar no buffet. Não fui! Um dia antes meu pai tinha passado muito mal e resolvi passar o domingo ao lado dele. 
Durante esse mês em que ele estava repousando e fazendo tratamento eu não pensava em mais nada, esqueci completamente dos meus planos...mesmo não vendo ele todos os dias (eu não morava com ele, acho que não mencionei antes, né? Sorry, girls! Eu moro com a minha vó), eu ligava pra ele e ele sempre dizia que "estava indo". Até que um dia ele veio em casa trazer meu computador que o amigo dele tinha arrumado, e quando o vi (depois de quase duas semanas sem vê-lo) fiquei mega assustada, ele estava diferente, magro, velho...e meus olhos se encheram de lágrimas e ele apenas disse "Acho que esse ano não vou comer panettone!"...foi a última coisa que ouvi ele dizer. No dia seguinte ele foi internado inconsciente, ficou na UTI por 5 dias e não resistiu... MEU MUNDO PAROU! 
Meu pai sempre foi a figura mais importante em minha vida, sempre preocupado, sempre  me ajudando, me ouvindo, me ensinando...
Ele estava tentando realizar seus sonhos, ele queria morar na praia e foi lá que o deixamos...

Praia de Bertioga onde jogamos as cinzas.


Eu passei uns dias perdida, sem saber o que fazer, mas eu sabia que ele não gostaria que eu ficasse triste e jogasse tudo pro alto. Então voltei a pensar no meu objetivo, e correr atrás dele. No final de agosto eu fui na agência fazer minha inscrição. Agendei meu Itep pra duas semanas seguintes e comecei a preencher meu application \o/
Eu já tinha tirado meu passaporte (porque sou apressada) e já tinha a PID (Permissão Internacional pra Dirigir) que foi meu pai quem me "deu de presente" uns dias antes do meu aniversário :)


Eu estava com pressa e queria preencher tudo rápido, mas me deparei com uma quantidade enorme de coisas pra correr atrás...médico, referências, fotos, carta pra host family, vídeo. Percebi que não tão cedo eu terminaria de preencher, mas consegui, em um mês e meio meu app estava completo e a documentação entregue!

Meninas continuo no próximo...vou contar detalhadamente sobre a consulta médica, itep, e referências. Ok?

Xoxo.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Hiiii girls!

Desculpem a demora, estava viajando e no começo na semana me matando de estudar :)

Continuando...

Comecei no dia seguinte...cheguei lá morrendo de vergonha e com medo de ter que lidar com 20 crianças, até então eu só sabia lidar com duas, meu irmão, Ricardo (5 anos) e o filho da minha amiga, Enzo (4 anos) e alguns priminhos que nem tenho muito contato. Entrei na sala e a Isabel me apresentou, todos estavam com aquele olhar curioso e eu toda tímida lá, de repente eu pensei, "São apenas crianças, Karen. Você vai lidar com elas!" e aí eles começaram a fazer 500 perguntas pra mim sobre onde eu morava, quantos anos eu tinha, se eu tinha filhos e toda aquela conversa de criança, aí eu fui me sentindo mais à vontade
Na semana anterior eu tinha procurado trabalho voluntário em ONGs através do google (grande salvador da pátria) e tinha enviado e-mail pra uma, e na semana que comecei no APPA, recebi e-mail da ONG Liga Solidária me chamando pra fazer uma entrevista, desesperada pra acumular o máximo que eu conseguisse de horas de experiência, eu fui. Lá fui indicada pra trabalhar em uma creche na Zona Sul (moro na Leste), mas mesmo assim aceitei! Ia começar na semana seguinte, ajudando as professoras a cuidar de bebês de 4 meses até 3 anos :) 

Nessa entrevista eu conheci a Sara Cassemiro, que também vai ser Au Pair, e foi ela quem me adicionou no grupo do facebook (outro grande salvador da pátria haha) 

Assim que cheguei em casa, peguei minha agenda e fui fazer o PLANEJAMENTO DO ANO... De segunda a quinta das 9h00 às 11h00 trabalharia no APPA e às terças-feiras das 14h00 às 17h00 na creche da ONG. Eu estava feliz, feliz, feliz, maaaas como eu iria ganhar dinheiro? Comecei então a procurar emprego em buffets pra trabalhar aos finais de semana, com indicação de uma amiga consegui arranjar um \o/
Minha vida então era: Trabalhar voluntariamente em dois lugares durante a semana e trabalhar assalariadamente nos fins de semana, e estudar (muito) inglês. Planejei me inscrever na agência em julho, escolhi a APIA (Experimento), mesma agência que a amiga da minha prima foi. 

Tudo estava correndo bem, toda semana eu fazia a continha das horas acumuladas e anotava na agenda, e todos os dias eu enchia a cabeça da minha família e dos amigos pra eles irem se acostumando com a ideia, e graças à Deus todos começaram a me apoiar. Minha teacher linda Gisele, me ajudando no inglês, o trabalho voluntário me trazendo desafios e eu entrando todo dia no grupo do face pra guardar o máximo de informações possíveis.

Entramos em julho...e meu pai ficou doente :( 

Continuo no próximo post girls, me desculpem pela quantidade de informações juntas e às vezes misturadas. Fico empolgada querendo contar as coisas e saio atropelando tudo. Se alguém não entender perguntem ok?

Xoxo.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

O início - Parte II

Continuando galera...

Cheguei em casa e logo contei a novidade para minha vó (com quem eu moro) e ela não gostou nadinha! Isso mesmo que vocês leram, ela NÃO gostou...liguei para o meu pai que também não gostou, liguei pra minha mãe que não expressou nenhuma reação muito incentivadora também. Fiquei mal! Percebi que eles não tinham colocado muita fé no meu objetivo. E aí comecei a pensar "será que isso é só medo de eu ir pra longe por ser perigoso e porque vão sentir saudades ou será porque acham que não sou capaz de realizar esse sonho?". Eu não sabia a resposta pra essa pergunta, mas a possibilidade de ser a segunda opção fez com que meu desejo de correr atrás disso aumentasse mil vezes!
Na mesma semana procurei uma agência pra tirar dúvidas, fui na CI. A menina que me atendeu foi atenciosa, me falando tudo como funcionava o programa, me passando valores e os requisitos necessários. Aí me surgiu dois problemas (super básicos): meu inglês não era intermediário e eu não tinha experiência com crianças...sei que agora vc está pensando  "Karen no primeiro post vc disse que a amiga da sua prima te explicou como funcionava o programa" ...sim a amiga dela me disse como tinha sido a experiência dela e tal, mas na época da experiência dela (uns 4 anos atrás), não precisava fazer vídeo pra por no application e não existia Skype! Então a entrevista dela com a família foi uma vez só no telefone e foi minha prima quem conversou com a família se passando por ela! A experiência dela também foi uma amiga que preencheu a referência pra ela sem ela nunca ter sido babá na vida. Quando ela me contou tudo isso tinha parecido tão fácil conseguir ser uma Au Pair, mas quando a moça da agência estava lá me explicando como funcionava eu pensei "isso vai ser realmente difícil".
Eu precisava então começar urgente a estudar pra melhorar meu inglês que era nível básico, fui atrás de algumas escolas e só achava curso de 4 ou 5 anos de duração e nenhum daqueles "express" e pra experiência com crianças eu pensei em começar um trabalho voluntário, mas não fazia ideia de onde procurar. Como fui mandada embora em outubro, comecei a pensar que oportunidades boas apareceriam só no começo do ano seguinte e resolvi aproveitar minhas "férias", afinal eu merecia depois de 6 anos trabalhando direto no mesmo lugar. Viajei pra Bahia com a minha mãe, e lá espalhei pra família inteira sobre meu sonho e um monte de gente achou interessante, aí minha mãe me ouvindo falar nisso todo dia, começou a repensar a ideia e conversou comigo que se era isso mesmo que eu queria então ela ia me apoiar, apesar da saudade e do medo de me acontecer algo de ruim e blá, blá, blá...ela falando e eu pensando "consegui, uma já se convenceu \o/ agora faltam dois: pai e vó!"
Voltei pra São Paulo no início de janeiro e conversando com uma amiga que tinha conhecido a pouco tempo, falei dos meus planos para o ano e ela me indicou um curso de inglês que treinava bastante conversação e tinha duração de apenas um ano, garantindo fluência. Pensei "meio difícil fluência em tão pouco tempo, mas vamos ver qual é a desse curso" fui lá, fiz minha matrícula e no fim do mês iniciei as aulas. Simplesmente adorei, o método, os professores, tudo! Desde o início deixei claro o motivo pelo qual comecei o curso e todos eles me apoiaram...a escola é a UpTime. Lá fiquei amiga de uma das professoras, a Gisele, que inclusive preencheu uma das minhas referências de caráter (vou falar sobre isso em algum post) e ela me ajuda muito :)
Tudo que eu fazia eu contava pro meu pai, aí ele começou a ver como eu estava feliz e que eu realmente queria fazer isso, então em março ele me indicou um lugar pra fazer trabalho voluntário, uma associação que ajuda crianças carentes, fundada pelo amigo dele junto com a esposa e pertinho de casa! Fiquei feliz, feliz, feliz e fui lá conversar com eles e explicar toda a situação e eles não pediram nada além do meu telefone e disseram que eu podia começar no dia seguinte. Lá eles ajudam crianças carentes do bairro com aulas de reforço escolar, café da manhã e almoço. A associação se chama Pequenos Pescadores de Assis (APPA) e minha atividade lá é auxiliar a professora de reforço, Isabel, a passar as atividades pedagógicas pras crianças. 20 alunos numa sala entre 6 e 12 anos.

Vou continuar no próximo, porque está tarde e amanhã tenho que ir dar aula pra essas crianças :)  

Ps: Acho que meu "Início" terá umas 500 partes haha, sou meio detalhista e quero contar tudo certinho e bonitinho, paciência girls ;)

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O início - Parte I

Boa Noite Galera!

Acabei de criar esse blog e ele está assim meio sem graça porque é meu PRIMEIRO blog e não sou do tipo viciada em internet, então não sei mexer muito bem, mas com o tempo a gente pega o jeito, não é mesmo? Assim como quando eu resolvi ser Au Pair e não tinha nenhuma experiência com criança, tive que correr atrás para "pegar o jeito". Ainda não sou uma Au Pair, mas o jeito eu já tenho... Bom, chega de blá, blá, blá e vamos ao assunto principal: a correria em busca de um sonho!

Como tudo começou...

Um belo dia em minha vida (que eu não lembro quando e nem se era realmente um belo dia, provavelmente não, mas enfim...) resolvi que queria fazer intercâmbio porque não achava nenhum curso de inglês, aqui no Brasil, satisfatório e como eu tinha acabado de terminar um relacionamento meio conturbado e tal, precisava de "novos ares", fora o sonho desde criança de conhecer a Disney (clichê, mas é verdade!),  maaas fazer um intercâmbio não é algo assim tão fácil que vc decidi hoje e amanhã já realiza né? Pois é...fiquei com a ideia na cabeça e fui pesquisar preços, quando vi que um mês estudando sairia por um preço que eu não podia pagar, pelo menos não imediatamente, comecei a planejar as possibilidades. Eu estava trabalhando há uns 5 anos em um supermercado e via que não tinha futuro nenhum lá, não comecei uma faculdade por ser muito indecisa no que queria estudar, estava "livre" pra ir sem me preocupar...aí resolvi que com tanto tempo de empresa se eu fosse mandada embora conseguiria pagar o intercâmbio com meu FGTS :) Problema resolvido! Só que não. Quem disse que era fácil ser mandada embora? Conversei com minha encarregada, a Tati, que graças a Deus era minha amiga e me entendia, entreguei nas mãos dela a tarefa de convencer o gerente a me dispensar. Uma tarefa que era bastante difícil considerando o setor que eu estava que ia se desfalcar com a minha saída e o gerente não ia querer me ajudar e complicar o lado dele. 
Enquanto eu esperava uma decisão da parte dele, fui comentando com amigos e familiares sobre meu desejo de estudar fora e uma prima me disse que a amiga dela foi pros EUA como Au Pair (What?) porque era mais barato que ir só pra estudar e vc fica lá por um ano ou dois, eu nunca tinha ouvido falar nisso e pedi pra ela me dar o contato da amiga dela pra me explicar tudo direitinho. Quando ficou tudo esclarecido meu olho até brilhou, pensei "é isso que eu quero, é nisso que vou me empenhar".
Uns meses depois, saindo de casa pra ir trabalhar, cansada de esperar uma resposta e estressada porque trabalhar lá era foda,  postei no facebook: "Mal coloquei o pé na rua e já me sinto EXAUSTA...até qdo será assim?" Eis que depois depois de duas horas trabalhando o telefone toca e a enfermeira pede pra eu subir pra sala dela pra fazer o EXAME DEMISSIONAL! Pensem numa pessoa que saiu pulando de alegria no meio do mercado...e aí a minha saga começou. (Continua no próximo post)