terça-feira, 30 de outubro de 2012

O início - Parte II

Continuando galera...

Cheguei em casa e logo contei a novidade para minha vó (com quem eu moro) e ela não gostou nadinha! Isso mesmo que vocês leram, ela NÃO gostou...liguei para o meu pai que também não gostou, liguei pra minha mãe que não expressou nenhuma reação muito incentivadora também. Fiquei mal! Percebi que eles não tinham colocado muita fé no meu objetivo. E aí comecei a pensar "será que isso é só medo de eu ir pra longe por ser perigoso e porque vão sentir saudades ou será porque acham que não sou capaz de realizar esse sonho?". Eu não sabia a resposta pra essa pergunta, mas a possibilidade de ser a segunda opção fez com que meu desejo de correr atrás disso aumentasse mil vezes!
Na mesma semana procurei uma agência pra tirar dúvidas, fui na CI. A menina que me atendeu foi atenciosa, me falando tudo como funcionava o programa, me passando valores e os requisitos necessários. Aí me surgiu dois problemas (super básicos): meu inglês não era intermediário e eu não tinha experiência com crianças...sei que agora vc está pensando  "Karen no primeiro post vc disse que a amiga da sua prima te explicou como funcionava o programa" ...sim a amiga dela me disse como tinha sido a experiência dela e tal, mas na época da experiência dela (uns 4 anos atrás), não precisava fazer vídeo pra por no application e não existia Skype! Então a entrevista dela com a família foi uma vez só no telefone e foi minha prima quem conversou com a família se passando por ela! A experiência dela também foi uma amiga que preencheu a referência pra ela sem ela nunca ter sido babá na vida. Quando ela me contou tudo isso tinha parecido tão fácil conseguir ser uma Au Pair, mas quando a moça da agência estava lá me explicando como funcionava eu pensei "isso vai ser realmente difícil".
Eu precisava então começar urgente a estudar pra melhorar meu inglês que era nível básico, fui atrás de algumas escolas e só achava curso de 4 ou 5 anos de duração e nenhum daqueles "express" e pra experiência com crianças eu pensei em começar um trabalho voluntário, mas não fazia ideia de onde procurar. Como fui mandada embora em outubro, comecei a pensar que oportunidades boas apareceriam só no começo do ano seguinte e resolvi aproveitar minhas "férias", afinal eu merecia depois de 6 anos trabalhando direto no mesmo lugar. Viajei pra Bahia com a minha mãe, e lá espalhei pra família inteira sobre meu sonho e um monte de gente achou interessante, aí minha mãe me ouvindo falar nisso todo dia, começou a repensar a ideia e conversou comigo que se era isso mesmo que eu queria então ela ia me apoiar, apesar da saudade e do medo de me acontecer algo de ruim e blá, blá, blá...ela falando e eu pensando "consegui, uma já se convenceu \o/ agora faltam dois: pai e vó!"
Voltei pra São Paulo no início de janeiro e conversando com uma amiga que tinha conhecido a pouco tempo, falei dos meus planos para o ano e ela me indicou um curso de inglês que treinava bastante conversação e tinha duração de apenas um ano, garantindo fluência. Pensei "meio difícil fluência em tão pouco tempo, mas vamos ver qual é a desse curso" fui lá, fiz minha matrícula e no fim do mês iniciei as aulas. Simplesmente adorei, o método, os professores, tudo! Desde o início deixei claro o motivo pelo qual comecei o curso e todos eles me apoiaram...a escola é a UpTime. Lá fiquei amiga de uma das professoras, a Gisele, que inclusive preencheu uma das minhas referências de caráter (vou falar sobre isso em algum post) e ela me ajuda muito :)
Tudo que eu fazia eu contava pro meu pai, aí ele começou a ver como eu estava feliz e que eu realmente queria fazer isso, então em março ele me indicou um lugar pra fazer trabalho voluntário, uma associação que ajuda crianças carentes, fundada pelo amigo dele junto com a esposa e pertinho de casa! Fiquei feliz, feliz, feliz e fui lá conversar com eles e explicar toda a situação e eles não pediram nada além do meu telefone e disseram que eu podia começar no dia seguinte. Lá eles ajudam crianças carentes do bairro com aulas de reforço escolar, café da manhã e almoço. A associação se chama Pequenos Pescadores de Assis (APPA) e minha atividade lá é auxiliar a professora de reforço, Isabel, a passar as atividades pedagógicas pras crianças. 20 alunos numa sala entre 6 e 12 anos.

Vou continuar no próximo, porque está tarde e amanhã tenho que ir dar aula pra essas crianças :)  

Ps: Acho que meu "Início" terá umas 500 partes haha, sou meio detalhista e quero contar tudo certinho e bonitinho, paciência girls ;)

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O início - Parte I

Boa Noite Galera!

Acabei de criar esse blog e ele está assim meio sem graça porque é meu PRIMEIRO blog e não sou do tipo viciada em internet, então não sei mexer muito bem, mas com o tempo a gente pega o jeito, não é mesmo? Assim como quando eu resolvi ser Au Pair e não tinha nenhuma experiência com criança, tive que correr atrás para "pegar o jeito". Ainda não sou uma Au Pair, mas o jeito eu já tenho... Bom, chega de blá, blá, blá e vamos ao assunto principal: a correria em busca de um sonho!

Como tudo começou...

Um belo dia em minha vida (que eu não lembro quando e nem se era realmente um belo dia, provavelmente não, mas enfim...) resolvi que queria fazer intercâmbio porque não achava nenhum curso de inglês, aqui no Brasil, satisfatório e como eu tinha acabado de terminar um relacionamento meio conturbado e tal, precisava de "novos ares", fora o sonho desde criança de conhecer a Disney (clichê, mas é verdade!),  maaas fazer um intercâmbio não é algo assim tão fácil que vc decidi hoje e amanhã já realiza né? Pois é...fiquei com a ideia na cabeça e fui pesquisar preços, quando vi que um mês estudando sairia por um preço que eu não podia pagar, pelo menos não imediatamente, comecei a planejar as possibilidades. Eu estava trabalhando há uns 5 anos em um supermercado e via que não tinha futuro nenhum lá, não comecei uma faculdade por ser muito indecisa no que queria estudar, estava "livre" pra ir sem me preocupar...aí resolvi que com tanto tempo de empresa se eu fosse mandada embora conseguiria pagar o intercâmbio com meu FGTS :) Problema resolvido! Só que não. Quem disse que era fácil ser mandada embora? Conversei com minha encarregada, a Tati, que graças a Deus era minha amiga e me entendia, entreguei nas mãos dela a tarefa de convencer o gerente a me dispensar. Uma tarefa que era bastante difícil considerando o setor que eu estava que ia se desfalcar com a minha saída e o gerente não ia querer me ajudar e complicar o lado dele. 
Enquanto eu esperava uma decisão da parte dele, fui comentando com amigos e familiares sobre meu desejo de estudar fora e uma prima me disse que a amiga dela foi pros EUA como Au Pair (What?) porque era mais barato que ir só pra estudar e vc fica lá por um ano ou dois, eu nunca tinha ouvido falar nisso e pedi pra ela me dar o contato da amiga dela pra me explicar tudo direitinho. Quando ficou tudo esclarecido meu olho até brilhou, pensei "é isso que eu quero, é nisso que vou me empenhar".
Uns meses depois, saindo de casa pra ir trabalhar, cansada de esperar uma resposta e estressada porque trabalhar lá era foda,  postei no facebook: "Mal coloquei o pé na rua e já me sinto EXAUSTA...até qdo será assim?" Eis que depois depois de duas horas trabalhando o telefone toca e a enfermeira pede pra eu subir pra sala dela pra fazer o EXAME DEMISSIONAL! Pensem numa pessoa que saiu pulando de alegria no meio do mercado...e aí a minha saga começou. (Continua no próximo post)